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1.
Rev. Soc. Cardiol. Estado de Säo Paulo ; 32(supl.2B): 104-104, abr.-jun. 2022.
Artigo em Português | CONASS, Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1377580

RESUMO

INTRODUÇÃO: Mulheres atletas estão cada vez mais atuantes e sendo submetidas a uma carga de treino cada vez mais elevada e suas consequências ainda são pouco conhecidas no que tange atletas de futebol em treinamento intenso e prolongado, diferentemente dos dados já bem estabelecidos na literatura internacional em relação as atletas de endurance. MATERIAL: Foram avaliadas 47 atletas profissionais consecutivamente em APP, com idades entre 17 e 33 anos (média 25,2), tempo médio de atividade de 9,7 anos e tempo médio de treinamento/dia de 5,5 horas. Realizados história médica e esportiva, exame físico, ECG, Teste Ergométrico (Rampa, limitado por exaustão ou sintomas/sinais) e Ecocardiograma com doppler colorido, além de exames laboratoriais. RESULTADOS: ECG com alterações foram 32 (68%), sendo 18 (38,2%) com bradicardia sinusal; 10 com DCRD (21,2%); quatro com BAV de 1º grau (8,5%); nove com alterações da repolarização ventricular (19,14%); uma com repolariazação precoce (2,1%) e uma com BDAS (2,1%). No ECO apenas uma atleta com hipertrofia de VE (HVE) (2,1%) e uma com PVM (2,1%). Três atletas apresentaram alterações no TE, sendo uma (2,1%) com extrassístoles ventriculares (EV) frequentes isoladas em todas as fases; uma (2,1%) com EV polimórficas no esforço e período de taquicardia ventricular não sustentada na recuperação (submetida a Ressonância Magnética que se revelou normal); uma (2,1%) com infradesnível do segmento ST horizontal e onda T negativa, apenas na recuperação, sem sintomas associados (com cintilografia normal). Os exames laboratoriais não apresentaram alterações com significado clínico relevante. CONCLUSÕES E DISCUSSÃO: Atletas mulheres profissionais de futebol parecem não desenvolver ao ecocardiograma as alterações típicas do "coração de atleta" descritas em homens. As alterações comumente encontradas ao ECG em atletas foram diagnosticadas em 68% do grupo estudado, enquanto apenas uma atleta apresentou sinais de HVE. Esses achados sugerem que tais adaptações podem ocorrer em mulheres, ainda que fora dos padrões ecocardiográficos aceitos atualmente para definição dessa condição, não estando no escopo deste estudo a comparação entre os gêneros assim como a avaliação indexada dos parâmetros ecocardiográficos, sabidamente aumentados nas mulheres atletas quando comparada aos homens (braço deste estudo já em andamento). Avaliar outras variáveis, principalmente de forma indexada e assim como métodos mais sensíveis, podem ajudar a entender melhor esse aparente paradoxo.


Assuntos
Mulheres , Atletas , Bradicardia , Taquicardia Ventricular , Eletrocardiografia , Cardiomegalia Induzida por Exercícios , Hipertrofia
4.
Rev. Soc. Cardiol. Estado de Säo Paulo ; 31(supl. 2B): 173-173, abr-jun., 2021.
Artigo em Português | CONASS, Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1284422

RESUMO

RELATO: Paciente masculino, 35 anos, futebolista profissional há 16 anos, sem comorbidades, com avaliação pré participação (APP) sem alterações. Apresentou quadro de febre, mialgia e anosmia por quatro dias, diagnosticado com COVID 19 por RT PCR. Após 10 dias de isolamento respiratório e assintomático, retornou aos treinos com diminuição do rendimento e dispneia a esforços anteriormente tolerados. Submetido à nova APP: eletrocardiograma com inversão de onda T V3 a V6 e parede inferior; teste ergométrico com protocolo em rampa, comportamento cardiovascular normal, atingindo 17 METS; Ecocardiograma transtorácico com função ventricular preservada, derrame laminar anterior, sem outras alterações; Holter com 233 ectopias ventriculares isoladas, sem arritmias complexas; e ressonância magnética cardíaca (RMC) evidenciando átrio direito com dimensões aumentadas (volume indexado 93ml/m²), ventrículo esquerdo (VE) com dimensões aumentadas, espessura global e segmentar preservada e presença de realce tardio de padrão não coronariano epicárdico no segmento inferolateral das porções basal e média do VE, sugestivo de fibrose miocárdica, massa de fibrose de 4g, equivalente a 3% de VE, com conjunto de achados sugerindo miocardiopatia inflamatória. Após avaliação médica, paciente considerado inelegível, no momento, para o esporte competitivo, sendo afastado de sua atividade profissional. Uma das preocupações ao avaliar um atleta após infecção pelo Sars-COV2 é a possibilidade para evolução para miocardite, que pode manifestar-se de forma subclínica, com arritmias ou ainda, disfunção miocárdica. Até mesmo, por esse risco, sugere-se que durante a fase ativa da doença não se pratique atividade física. Idealmente, os atletas devem ser submetidos à nova APP para retorno ao treinamento e o mesmo deve ser realizado de maneira gradual. A avaliação sintomática, com no caso relatado é essencial, bem como exames físico e complementares, de maneira individualizada, considerando características do paciente antes, durante e após a infecção viral. A RMC é o exame de escolha na suspeita clínica do acometimento miocárdico, devendo ser considerada sua realização a depender dos resultados dos exames inicias. Quando evidenciado realce tardio, a conduta inicial é ponderar o afastamento do exercício físico intenso, sendo essa a decisão preferencialmente tomada em conjunto com atleta, família e clube. É importante manter a avaliação periódica do paciente, visando o seu retorno ao esporte ou afastamento do mesmo.


Assuntos
Humanos , Masculino , Adulto , Atletas , COVID-19 , Miocardite
5.
Rev. Soc. Cardiol. Estado de Säo Paulo ; 31(supl. 2B): 192-192, abr-jun., 2021.
Artigo em Português | CONASS, Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1290798

RESUMO

INTRODUÇÃO: O exercício promove benefícios cardiovasculares, como redução de fatores de risco ateroscleróticos e eventos associados a doença arterial coronariana. A morte súbita cardíaca associada ao exercício é rara, mas catastrófica, a maioria é devido a doenças elétricas ou estruturais que podem ser diagnosticadas na avaliação pré-participação (APP). A adaptação atlética está associada a alterações elétricas e estruturais que podem se sobrepor a cardiopatias, chamada zona cinzenta. RELATO DE CASO: Homem, 53 anos, hígido, corredor de rua há 19 anos, três treinos semanais de 12km ao dia. Realizada APP: eletrocardiograma com bradicardia sinusal, ecocardiograma transtorácico com aumento discreto de átrio esquerdo e da raiz da aorta, fração de ejeção de ventrículo esquerdo 63% e teste ergométrico (TE) normal, liberado para esporte competitivo. Após um ano, assintomático e mantendo frequência de treino, fez novo TE interrompido por flutter atrial com condução aberrante, foi afastado dos treinos temporariamente e iniciada investigação. Cintilografia associada a TE afastou isquemia, ressonância magnética cardíaca (RMC) com aumento de trabeculações nos ventrículos e aumento da relação de massa não compactada e compactada no ventrículo esquerdo (VE) em proporção > 2,3:1 em no mínimo três segmentos. Orientado a suspender treinamento por três meses. Após o descondicionamento físico, RMC indicou dilatação de câmaras esquerdas, ausência de fibrose miocárdica e de sinais sugestivos de miocárdio não compactado, podendo corresponder a coração de atleta, e TE normal. Submetido ao estudo eletrofisiológico que não induziu arritmia e realizada ablação do istmo cavotricuspídeo. Liberado para retomar a prática de exercício físico. DISCUSSÃO: O miocárdio não compactado (MNC) se caracteriza por uma fina camada epicárdica compactada e a camada endocárdica trabeculada. Cerca de 8% dos atletas apresentam critérios ecocardiográficos de MNC. Alguns critérios diagnósticos da RMC para o diagnóstico são relação > 2,3 na diástole, mas pouco especifico, e proporção de massa trabeculada >20% da massa total do VE, que apresenta grande variabilidade interobservador. Mas, o diagnóstico mais sensível deve considerar clínica, eletrocardiograma, história familiar e função ventricular. O descondicionamento físico pode ser útil para diferenciar o coração de atleta de cardiopatias. As alterações da atividade física tendem a regredir após período sem treino, o que sugere a benignidade do coração de atleta e a elegibilidade do paciente ao esporte competitivo.


Assuntos
Humanos , Masculino , Pessoa de Meia-Idade , Miocárdio Ventricular não Compactado Isolado , Atletas , Cardiopatias Congênitas
10.
Artigo em Inglês | MEDLINE | ID: mdl-32290385

RESUMO

At present, it is unclear which exercise-induced factors, such as myokines, could diminish the negative impact of the reduction in pulmonary function imposed by the exercise in question. In this study, we aim to evaluate the prevalence of exercise-induced bronchoconstriction (EIB) and also to investigate the effect of myokines in the performance of marathon runners presenting EIB or not. Thirty-eight male recreational marathon runners (age 38.8 [33-44], height 175.7 [172.0-180.3]; weight 74.7 [69.3-81.6]) participated in this study, and through spirometry tests, a prevalence of 23.6% of EIB was found, which is in agreement with the literature. The volunteers who tested positive to EIB (EIB+) presented lower maximum aerobic capacity compared to those who tested negative (EIB-) (EIB+ 44.02 [39.56-47.02] and EIB- 47.62 [44.11-51.18] p = 0.03). The comparison of plasma levels of IL-1ß (EIB+ p = 0.296, EIB- p = 0.176, EIB+ vs. EIB- baseline p = 0.190 immediately after p = 0.106), IL-4 (undetectable), IL-6 (EIB+ p = 0.003, EIB- p ≤ 0.001, EIB+ vs. EIB- baseline p = 0.301 immediately after p = 0.614), IL-8 (EIB+ p = 0.003, EIB- p ≤ 0.001, EIB+ vs. EIB- baseline p = 0.110 immediately after p = 0.453), IL-10 (EIB+ p = 0.003, EIB- p ≤ 0.001, EIB+ vs. EIB- baseline p = 0.424 immediately after p = 0.876) and TNF-α (EIB+ p = 0.003, EIB- p ≤ 0.001, EIB+ vs. EIB- baseline p = 0.141 immediately after p = 0.898) were similar in both groups 24 h before and immediately after the marathon. However, negative correlations were found between the marathon finishing time and the levels of IL-8 (r = -0.81, p = 0.022), and IL-10 (r = -0.97, p ≤ 0.001) immediately after completing the marathon. In conclusion, for the first time, it is shown that the myokines IL-8 and IL-10 are related to improvement of the performance of marathon runners presenting EIB.


Assuntos
Broncoconstrição , Interleucina-10 , Interleucina-8 , Corrida , Humanos , Masculino , Espirometria
11.
Int. j. environ. res. public health ; 17(8): 2662-2667, Apr., 2020. tab., graf.
Artigo em Inglês | Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1100607

RESUMO

ABSTRACT: At present, it is unclear which exercise-induced factors, such as myokines, could diminish the negative impact of the reduction in pulmonary function imposed by the exercise in question. In this study, we aim to evaluate the prevalence of exercise-induced bronchoconstriction (EIB) and also to investigate the effect of myokines in the performance of marathon runners presenting EIB or not. Thirty-eight male recreational marathon runners (age 38.8 [33­44], height 175.7 [172.0­180.3]; weight 74.7 [69.3­81.6]) participated in this study, and through spirometry tests, a prevalence of 23.6% of EIB was found, which is in agreement with the literature. The volunteers who tested positive to EIB (EIB+) presented lower maximum aerobic capacity compared to those who tested negative (EIB−) (EIB+ 44.02 [39.56­47.02] and EIB− 47.62 [44.11­51.18] p = 0.03). The comparison of plasma levels of IL-1ß (EIB+ p = 0.296, EIB− p = 0.176, EIB+ vs. EIB− baseline p = 0.190 immediately after p = 0.106), IL-4 (undetectable), IL-6 (EIB+ p = 0.003, EIB− p ≤ 0.001, EIB+ vs. EIB− baseline p = 0.301 immediately after p = 0.614), IL-8 (EIB+ p = 0.003, EIB− p ≤ 0.001, EIB+ vs. EIB− baseline p = 0.110 immediately after p = 0.453), IL-10 (EIB+ p = 0.003, EIB− p ≤ 0.001, EIB+ vs. EIB− baseline p = 0.424 immediately after p = 0.876) and TNF-α (EIB+ p = 0.003, EIB− p ≤ 0.001, EIB+ vs. EIB− baseline p = 0.141 immediately after p = 0.898) were similar in both groups 24 h before and immediately after the marathon. However, negative correlations were found between the marathon finishing time and the levels of IL-8 (r = −0.81, p = 0.022), and IL-10 (r = −0.97, p ≤ 0.001) immediately after completing the marathon. In conclusion, for the first time, it is shown that the myokines IL-8 and IL-10 are related to improvement of the performance of marathon runners presenting EIB.


Assuntos
Humanos , Feminino , Testes de Função Respiratória , Exercício Físico , Asma Induzida por Exercício , Broncoconstrição , Citocinas
12.
Rev. Soc. Cardiol. Estado de Säo Paulo ; 30(2 Suppl. B): 102-102, abr-jun., 2020.
Artigo em Português | Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1116440

RESUMO

INTRODUÇÃO: A avaliação pré-participação (APP) em atletas é de fundamental importância para prevenção de doenças cardiovasculares e morte súbita (MS), visto que essa população submete-se a cargas excessivas de treinamento, com possíveis desfechos graves. Nos últimos anos, houve um aumento da participação de mulheres em atividades competitivas, no entanto existe uma carência de informações sobre parâmetros clínicos e cardiográficos nessa população. OBJETIVO: Descrição do perfil cardiovascular em atletas do sexo feminino do estado de São Paulo. MÉTODOS: Foram avaliadas 105 atletas entre 11 a 45 anos, residentes no estado de São Paulo no ano de 2019. Essa avaliação foi composta por anamnese, exame físico, eletrocardiograma (ECG), teste do exercício (TE) e exames adicionais quando pertinentes, a saber: Ecocardiograma Transtorácico e Angiotomografia de Coronárias. RESULTADOS: As atletas estudadas praticavam principalmente futebol (58,5%), seguido por basquete (18%) e corrida (12,4%). Quanto à anamnese, 6,6% apresentavam dor torácica atípica; 1,9% dispneia e 0,95% palpitação; nenhuma delas apresentava comorbidades cardiovasculares e apenas três relatavam histórico familiar de MS. No que diz respeito ao ECG, os achados mais prevalentes foram bradicardia sinusal (46,6%) e repolarização ventricular precoce (40%), ambos compatíveis com adaptações do coração do atleta. No TE todas tiveram comportamento hemodinâmico normal e boa/excelente capacidade funcional; com incidência de 3,8% ectopias ventriculares; 4,8% ectopias supraventriculares e ausência de arritmias complexas. Apenas uma paciente apresentou resposta isquêmica por critérios eletrocardiográficos, assintomática durante exame, sendo progredido investigação com Angiotomografia de Coronárias que excluiu doença arterial coronariana. Dentre as atletas submetidas a Ecocardiograma apenas duas apresentaram alterações não compatíveis com coração de atleta, sendo uma com forame oval patente e outra com sinais de doença valvar reumática, porém ambas sem repercussão hemodinâmica e ao TE apresentaram excelente capacidade funcional. CONCLUSÃO: As atletas estudadas tiveram adequada avaliação cardiológica, estando todas aptas à prática esportiva competitiva. Seguimento e ampliação do estudo são necessários para que se possa estabelecer um perfil cardiovascular de atletas do sexo feminino no Brasil.


Assuntos
Exame Físico , Futebol , Mulheres , Atletas
13.
Rev. Soc. Cardiol. Estado de Säo Paulo ; 30(2 Suppl. B): 121-121, abr-jun., 2020.
Artigo em Português | Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1116651

RESUMO

INTRODUÇÃO: A Síndrome do coração de atleta devem, a princípio, ser consideradas como adaptações fisiológicas e normais ao exercício físico, sendo transitórias e sem repercussões ne gativas para a saúde do indivíduo. Pode-se apresentar como arritmias cardíacas com menor grau de complexidade, mais frequentemente, como extrassístoles ventriculares eventuais. Isoladamente, tais condições, sem a presença de outras alterações, não justificam maior limitação às atividades físicas nos indivíduos assintomáticos, nem indicam investigação subsequente. Os sujeitos sintomáticos ou nos assintomáticos que desenvolvam arritmias ventriculares complexas, como taquicardia ventricular, sustentada ou não, merecerão investigação previamente ao retorno para a prática esportiva. Isso se torna uma questão relevante na prática clínica, porque atletas com esse último tipo de arritmias citadas, na ausência de cardiopatia estrutural, geralmente representam dilemas do manejo clínico. RELATO DE CASO: Homem, 55 anos, ex atleta maratonista, dislipidêmico controlado com estatina, assintomático. Na admissão, tinha rotina de treino de corridas de 10-15km, 3 vezes na semana associado a exercícios resistidos, 2-3 vezes semanais, para condicionamento físico de competição de maratona e meia maratona, desde os anos 2000. Como exames iniciais, apresentava Holter (2007) com 9. 459 extrassístoles ventriculares(EV), 68 pareadas, com períodos de bi e trigeminismo, Teste ergométrico (TE) com capacidade de 24,61 METS, VO2 86,13, EV monomórficas frequentes durante todas as fases, ECOTT sem alterações. Orientado o descondicionamento físico por dois meses no mesmo ano, porém o paciente não seguiu as orientações e retornou com novos exames progressivamente piores, intensificando a arritmia pregressa. A partir de 2008, cessou com as atividades competitivas, prosseguido investigação com ressonância magnética miocárdica e angio-TC de coronárias sem alterações. Com o descondicionamento progressivo orientado ao longo dos 6 anos subsequentes, dentre os quais 3 anos sem realização de exercícios, evoluiu com TE e Holter a partir de 2014 sem episódios de de EV, sendo liberado para atividades de leve a moderado esforço e desde então permanece há 5 anos sem arritmias complexas. CONCLUSÃO: Acreditamos que a estratégia de descondicionamento possa ser considerada uma ferramenta clínica útil no gerenciamento de atletas com petitivos com taquiarritmias ventriculares frequentes e/ou complexas na ausência de doença cardíaca.


Assuntos
Exercício Físico , Complexos Cardíacos Prematuros , Desempenho Atlético , Atletas
14.
Rev. Soc. Cardiol. Estado de Säo Paulo ; 30(2 Suppl. B): 122-122, abr-jun., 2020.
Artigo em Português | Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1116775

RESUMO

INTRODUÇÃO: Bloqueio Cardíaco do Ramo Esquerdo intermitente (BCREI) é raro e pode relacionar-se com cardiopatia isquêmica, vaso espasmo coronariano, contusão cardíaca, esforço físico ou etiologia idiopática. A prevalência BCREI nos pacientes que realizam prova de esforço varia de 0,5%-1,1% e constitui um fator de risco cardiovascular independente. OBJETIVO: Descrever um caso de um atleta que, apesar de apresentar BCREI como fato de risco para doença coronariana, está há 2 anos em seguimento livre de eventos cardiovasculares. Descrição do caso: Paciente masculino, 54 anos, hipertenso, corredor de rua (10-20 km/dia em 01h, 3x/semana, desde 2011), sem histórico de uso de anabolizantes e sem histórico familiar de doença arterial coronariana prematura (DAC), morte súbita, arritmias e canalopatias, acompanhado em ambulatório de referência em cardiologia do esporte há 02 anos, assintomático, com fatores de risco controlados. Eletrocardiograma de base com ritmo sinusal e bloqueio divisional anterossuperior esquerdo; teste ergométrico inicial com evidência de BCREI, sendo submetido à investigação de etiologia isquêmica e cardiopatia estrutural. Ecocardiograma transtorácico com função sistólica biventricular preservada, padrão diastólico do ventrículo esquerdo (VE) normal, átrio esquerdo no limite superior da normalidade (40 mm); cintilografia miocárdica (MIBI + Dipiridamol) negativa para isquemia, com desenvolvimento de BRE durante infusão do Dipiridamol; ressonância cardíaca com átrio esquerdo no limite superior da normalidade, VE com dilatação discreta, função sistólica biventricular preservada, ausência de infiltração gordurosa e de fibrose miocárdica. Paciente segue em acompanhamento, assintomático, sem episódios isquêmicos ou arritmogênicos, mantendo teste ergométrico com comportamento cardiovascular normal ao exercício e persistência de BCREI. CONCLUSÃO: 1) O BCREI é fator de risco cardiovascular independente para morte e insuficiência cardíaca (IC), principalmente quando induzido por exercício; 2) Pacientes com BCREI devem sem estratificados e acompanhados regularmente e se deve excluir principalmente DAC e IC para sua liberação de atividade física.


Assuntos
Sobrevida , Bloqueio de Ramo , Prevalência , Atletas
15.
Rev. Soc. Cardiol. Estado de Säo Paulo ; 30(2 Suppl. B): 123-123, abr-jun., 2020.
Artigo em Português | Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1116807

RESUMO

INTRODUÇÃO: Historicamente, a cardiopatia congênita traz redução da qualidade de vida da criança portadora da patologia. Com o aprimoramento das formas de correção, estes pacientes apresentam melhor sobrevida, de forma que hoje há mais adultos com cardiopatia congênita. A prática de atividade física vem sendo encorajada nesses pacientes. Relatamos um caso de um paciente portador de cardiopatia congênita cianótica corrigida nos primeiros dias de vida, atualmente praticante de atividade física. Relato de caso: Paciente masculino, 26 anos, com dextro transposição de grandes artérias (DTGA), comunicação interatrial e persistência do canal arterial. Aos 09 dias de vida, submetido a procedimento para correção da cardiopatia, por meio da cirurgia de Jatene (CJ) com manobra de Lecompte. Aos 18 anos manifestou desejo de praticar atividade física, sendo feita avaliação pré-participação. Cintilografia do Miocárdio com ausência de sinais de isquemia; Teste ergométrico (TE) com boa capacidade funcional, Extras sístoles ventriculares isoladas e raras; ecocardiograma transtorácico dentro da normalidade. Atualmente realiza atividade física resistida (musculação 80 min por dia, 6 dias por semana), sem sintomas durante a prática ou o repouso. Em exames atuais observa--se: TE em ritmo atrial multifocal, sem alterações sugestivas de isquemia, com boa capacidade aeróbica (16,2 METs e VO2 56 mL/kg. min); Ressonância miocárdica com câmaras cardíacas de dimensões preservadas, função sistólica biventricular preservada, ausência de áreas de edema, gordura ou fibrose. DISCUSSÃO e CONCLUSÃO: A DTGA corresponde a cerca de 8% de todas as cardiopatias congênitas, com alto índice de letalidade antes do surgimento de correções cirúrgicas, chegando a 90% de mortalidade no primeiro ano de vida. Inicialmente reduzia-se danos da DTGA através de correção atrial. Com o desenvolvimento da CJ (ou switch arterial) houve melhora progressiva do prognóstico e qualidade de vida, principalmente se realizada nos primeiros dias de vida. Devido a isso, muitos pacientes submetidos à CJ praticam exercícios físicos ou atividades competitivas, tornando o acompanhamento um desafio para o cardiologista, visto que não há evidências robustas sobre os impactos de tais atividades a longo prazo. Conclui-se a importância de seguimento com exames periódicos de tais pacientes, com coleta de dados e a necessidade de mais estudos para este cenário.


Assuntos
Exercício Físico , Transposição das Grandes Artérias , Cardiopatias Congênitas
17.
Front Genet ; 10: 984, 2019.
Artigo em Inglês | MEDLINE | ID: mdl-31708962

RESUMO

Muscle damage is one of the most important factors that affect muscle fatigue during endurance exercise. Recent evidence suggests that the renin-angiotensin system impacts on skeletal muscle wasting. The aim of this study was to determine association between the AGT Met235Thr, ACE I/D and BDKRB2 -9/+9 polymorphisms with inflammation, myocardial and muscle injury induced by endurance exercise. Eighty-one Brazilian male runners participated in this study and completed the International Marathon of Sao Paulo. Muscle and myocardial damage markers (alanine transaminase, ALT, aspartate transaminase, AST, lactic dehydrogenase, LDH, creatine kinase, CK, Troponin, pro BNP, myoglobin, and CK-MB) and inflammatory mediators (IL-6, IL-8, IL-10, IL12p70, IL1ß, and TNF-α) were determined one day before, immediately after, one day after, and three days after the event. Muscle damage was also determined fifteen days after race and angiotensinogen (AGT) Met235Thr, angiotensin-converting enzyme (ACE) I/D, and Bradykinin B2 receptor (BDKRB2) -9/+9 polymorphisms were determined. Marathon race participation induced an increase in all muscle damage and inflammatory markers evaluated (p < 0.0001). The muscle damage markers, troponin and pro BNP, CK and LDH and inflammatory markers, IL-6, IL-8, IL-1ß and IL-10 were also higher in ACE II genotype immediately after race, compared to DD genotype. The percentage of runners higher responders (>500U/I) to CK levels was higher for II genotypes (69%) compared to DD and ID genotypes (38% and 40%, respectively) immediately after. Troponin, pro BNP and IL-1ß, IL-8 levels were also elevated in AGT MM genotype compared to TT genotype athletes after and/or one day after race. BDKRB2 -9/-9 had pronounced response to LDH, CK, CK-MB and ALT and AST activities, myoglobin, troponin, IL-6, IL-8 levels immediately, one day and/or three days after race. The percentage of runners higher responders (>500U/I) to CK levels was greater for -9-9 and -9+9 genotypes (46 and 48%, respectively) compared to +9+9 genotypes (31%) immediately after. ACE II, AGT MM, and BDKRB2 -9-9 genotypes may increase the susceptibility to inflammation, muscle injury after endurance exercise and could be used to predict the development of clinical conditions associated with muscle damage and myocardial injury.

18.
Arq. bras. cardiol ; 113(5 supl.3): 2-2, nov., 2019. ilus.
Artigo em Português | Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1025702

RESUMO

INTRODUÇÃO: A prática de atividade física intensa e prolongada gera adaptações anatômicas, elétricas e funcionais no coração do atleta decorrentes da sobrecarga hemodinâmica repetitiva. São adaptações fisiológicas e reversíveis com o descondicionamento físico. Em alguns casos o remodelamento do coração de atleta pode atingir níveis extremos e mimetizar achados fenotípicos de algumas doenças. As manifestações eletrocardiográficas mais frequentes são decorrentes do aumento de tônus vagal, tais como bradicardia sinusal, bloqueios atrioventriculares benignos e repolarização precoce. RELATO DE CASO: Homem, 49 anos de idade, sem comorbidades, praticante de corrida de rua seis vezes por semana, com carga de 15 a 25 quilômetros diários, associado a exercícios resistidos em três treinos semanais. Iniciou acompanhamento cardiológico em 2008, aos 38 anos de idade. Apresentava-se assintomático e exame físico com frequência cardíaca (FC) de 43 batimentos por minuto (bpm). Na admissão, realizou eletrocardiograma, teste ergométrico, ecocardiograma e holter, todos normais. Foi acompanhado por mais de 10 anos com consultas ambulatoriais e exames complementares rotineiramente e liberado para prática esportiva. No teste ergométrico em 2019, protocolo rampa, atingiu mais de 23 MET, VO2 maior do que 81ml/kg.min1, sem alterações de ST, extrassístoles ventriculares isoladas e pareadas polimórficas raras e comportamento clínico/hemodinâmico normal. Durante o seguimento não apresentou intercorrências cardiovasculares e se manteve assintomático, sem alterações no exame físico, exceto pela exacerbação de bradicardia, apresentando FC 27bpm em consulta. CONCLUSÃO: A bradicardia extrema deste paciente (27bpm) está em um ponto de corte abaixo do estabelecido pela Diretriz Brasileira em Cardiologia do Esporte como fisiológico (FC >30bpm), porém com a devida investigação e acompanhamento por equipe especializada, é seguro a liberação para a prática esportiva. Este relato reforça a importância da avaliação cardiovascular, capaz de distinguir condições patológicas das adaptações fisiológicas frente ao exercício de alta intensidade, evitando exames e/ou tratamentos desnecessários e limitação/proibição do exercício sem indicação. (AU)


Assuntos
Humanos , Bradicardia , Atletas
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